quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Elementares parte 36

Olá meus amores! Provavelmente essa vai ser a última postagem do ano, então estou aproveitando para desejar a todos um feliz ano novo!! E um feliz natal atrasado também vem a calhar... ^^' Enfim, tudo de bom para vocês e que tudo decerto nesse ano que está chegando.Ah, nem tinha notado, mas o blog já tem 1 aninho!! Fez lá pro dia 16 desse mês, mas eu esqueci de comentar... E acabei de notar que o último post que eu fiz foi exatamente no dia 16!! hsaushauhsu Coincidência?! Não... é o destino mesmo!

ELEMENTARES



àPov. Allsin

-Não, não! Espera, ainda tenho perguntas a fazer! – Gritei, estendendo, em vão, os braços em direção aquela mística figura que aos poucos ia sumindo em meio a toda a luz que, de repente, surgiu no vácuo escuro em quem nos encontrávamos e parecia consumi-la cada vez mais rápido.
Acordei de meu sonho atordoado. Percebi que ainda estava me remexendo, os braços estendidos para frente em busca de algo invisível. A luminosidade do sol, vinda da janela, perturbava meus olhos recém-abertos. Quem foi o idiota que largou a cortina aberta?! Já sei de onde saiu àquela luz ofuscante de meu sonho. Um sonho muito bizarro pra falar a verdade... O pior é que não me lembro muito bem dele, apenas do final e da estranha mulher que tentava me falar algo importante.
-Allsin, cara, tudo bem? Aconteceu algo grave para você estar tremendo? – Perguntou o Omek em tom preocupado, entrando em meu campo de visão ao colocar sua cabeça para fora da cama, que fica na parte de cima do beliche em que dormimos. – Foi mal se te acordei, é que te ouvi gritar agora a pouco... você parecia assustado. – Ele disse, apressado em se explicar ao notar o semblante de confusão, misturado com surpresa, estampado em mim.
-Não, tudo bem, eu já estava acordado. Po, cara, eu gritei?! – ele balançou a cabeça afirmativamente. – Tenso!’-‘ Eu tive um pesadelo, só isso... atordoante, mas não foi nada demais!
-Para você gritar daquele jeito e tremelicar todo, o sonho não foi nada demais de forma alguma! Eu te conheço Allsin, vai fala o que houve. – Ele disse tentando ser compreensivo. Acontece que eu nunca gostei dessas coisas melosas, é muito sentimentalismo pro meu gosto. Sem falar que o Omek não me conhece, mesmo sendo meu amigo. Para todos os efeitos eu sou um eterno mistério!
-Ih, sai pra lá Omek! – Exclamei, levantando-me da cama – Se você quer carinho corre atrás da Lana que é sua namorada e pode muito bem lhe dar isso. – Peguei meu inseparável sobretudo preto, tirei a roupa de dormir, coloquei uma calça jeans surrada, uma camisa preta qualquer e um tênis all star preto (dã) de caveiras. Por último joguei por cima o sobretudo e sai do quarto, deixando para trás um Omek adormecido que resolveu ficar quieto quando viu que eu não estava afim de conversar.
Resolvi caminhar e tomar um pouco de ar, para ver se conseguia clarear meus pensamentos. Aquele estranho sonho ainda rodava em minha mente, confundindo-me totalmente. Eu não queria acreditar, mas algo nele me incitava a crer que havia alguma mensagem a ser transpassada por aquela entidade mística brilhante.
Caminhava lentamente e observando tudo a minha volta. Não estava com a mínima pressa, aquele momento era só meu. As paredes em estilo arcaico com intrincados desenhos em relevo na suas colunas de madeira pareciam esta se fechando ao meu redor, aquilo estava começando a me sufocar. Realmente, eu precisava de ar fresco!
Deixei minha calma de lado e comecei a me mover mais rapidamente em direção aos jardins. O dia mal havia começado e eu já estava atordoado, louco para que ele terminasse logo e eu pudesse voltar para minha cama, na esperança de que os acontecimentos da noite anterior pudessem ser suprimidos pelos do dia que virá.
Ao chegar ao jardim eu, incrivelmente, estava ofegando, o que indica que realmente eu estava um pouco alterado, pois nunca havia precisado correr para chegar até aqui fora. Parei um pouco e resolvi inspirar o ar puro da natureza pra ver se refrescava a cabeça.
Não sei porque, mas sempre admirei os trabalhos da natureza. Não só da parte do ar, que é o meu elemento, mas dos outros elementos também, principalmente a água.
Eu estava olhando para o céu e observando o sol, quando, ao voltar meu olhar para baixo, vi algo se mover do outro lado do pátio. Como não pude identificar quem ou o que era, resolvi me esgueirar até bem próximo de tal figura enigmática. Ao chegar mais perto pude notar que se tratava de uma garota ruiva, que eu imaginei ser a Hayley, pois não tem nenhuma outra ruiva que me venha à cabeça e que more aqui.
Ela não me viu chegando, é claro, eu sei ser bem discreto quando quero. Aproximei-me de mansinho por trás dela e... não fiz nada demais está bem! Apenas chamei-lhe o nome suavemente – Terra chamando Hayley O’Neil! – Ela parou, estática, e logo depois se virou, rápida e curiosa.
-Am... – Ela resmungou – Ah! Oi Allsin! Não percebi você chegando.
-Esse era meu objetivo, chegar de mansinho. Vai que eu conseguisse ver algo interessante! S2 – Falei malicioso, enquanto sentava-me ao lado dela, tornando a observar o sol. – Sabe, é uma ótima sensação observar o nascer do sol. A natureza é muito bela!
-Eu estava pensando nisso antes de você chegar. – Ela disse pensativa, enquanto eu tentava segurar sua mão. Que foi? A esperança é a última que morre! – Ih, nem vem Allsin! Quantas vezes tenho que te falar não? – Ela exclamou, sorrindo e recuperando um pouco de sua felicidade, que tem estado perdida nos últimos dias.
-Quanto mais você me nega, mais eu gamo!- Respondi fazendo aquele típico biquinho que seduz todas.^^
-Já te falaram que você fica muito fofo com essa cara?! – Ela perguntou rindo de mim e fazendo um biquinho também, bem... tentando fazer um.
-Sabe... pior que não! – Exclamei, aproximando-me dela na mureta. As mulheres me confundem. Eu não sei se ela está sendo legal comigo porque está mais sensível do que de costume, ou se tem pena de mim, ou... sei lá! Vai que ela simpatiza comigo.*-*
Foi então que eu me dei conta do porque da Hay estar sozinha no pátio a essa hora da manhã. Ela veio com a mesma intenção que eu, tomar um pouco de ar fresco e tentar clarear os pensamentos. No entanto imaginei que ela não estava aqui porque teve um sonho igual ao meu, comecei a me indagar o motivo de sua fuga matutina. Tão logo comecei, pude compreender o que se passava, ela estava aqui pelo mesmo motivo de ontem ter chorado tanto e por ter desmaiado também.
Por isso que, sério, eu resolvi lhe perguntar o que estava acontecendo. – Hayley, posso saber por que você fugiu de todos aqueles que tentaram te ajudar quando você mais precisava? – Eu perguntei, segurando suas mãos com força e enlaçando minhas pernas em sua cintura para que ela não tivesse como fugir.
-Allsin, como você sabia que eu precisava de ajuda?! – Ela perguntou um pouco chocada com o meu conhecimento sobre tal assunto. Será que essa menina não lembra que eu estava em meio aos amigos dela no grupinho?! To começando a me sentir insignificante. Tudo bem que eu só apareci no final de toda a confusão, mas noticia igual a essa se espalha num piscar de olhos. Ainda mais quando certos poderes servem como uma arma de comunicação em massa. – Você estava lá no dormitório quando apareci chorando. – Ela afirmou, logo após pensar um pouco sobre os acontecimentos do dia anterior, e acabou por me impedindo de falar... Só porque eu ia reclamar com ela ¬¬’
-Que bom que você se lembrou Hay. Achei que não tinha me notado... D: - Reclamei com um semblante triste.
-Você?! Difícil não notar. Chama muita atenção, sabe... muito espalhafatoso. – Ela disse rindo e me abraçando com ternura, como se pedisse desculpas. Agora me confundi mais ainda...Quando eu dou em cima ninguém me dá atenção! E agora isso... Uma moça está sendo carinhosa comigo só porque estou na minha. Só pode ser um sinal indicando que devo mudar de estilo e...
Ah, quer saber?! Vou continuar sendo arroz que é muito mais divertido! xD
-Como se a senhorita também não fosse! – Retruquei – Ainda mais com esses cabelos cor de fogo.
-Ah, e você com...esquece! – Ela até tentou contra-argumentar, mas não teve sucesso. Deve ter sido meu charme! – Você é muito estranho Allsin! As vezes chama atenção demais, em outros momentos sua presença passa despercebida. Um incógnita, mas é um mistério que pretendo desvendar. – Ela disse em tom maroto, com o rosto virado para o pátio, mas ainda assim observando-me de soslaio.
-Seu eu fosse você não me daria ao trabalho... – Comentei, fechando os olhos e sentindo o sol nascente esquentar minha pele.
Não sei porque certas pessoas insistem em descobrir o passado de outras. Ora, se eu não conto é porque não quero que ninguém conheça a minha história, certo? Mas, pensando bem, até que pode ser divertido ludibriar a ruivinha e ver até onde ela chega. Só por mera curiosidade.
Depois desse pensamento retomei a conversa e voltei a falar.
-Talvez você se assuste com meus mais obscuros segredos. – Disse, desta vez olhando em seus olhos e com os lábios levantados em meu mais belo sorriso de escárnio.
-Isso é um desafio?! Não tem problema o que posso descobrir, já estou acostumada com detalhes sórdidos. O passado não me surpreende mais! – Ela exclamou, transpassando confiança ao olhar diretamente em meus olhos, como se buscasse descobrir algo escondido neles.
Geralmente eu não costumo brincar assim e vou direto ao meu objetivo... Mentira! Eu adoro brincar com a comida. (6’ Enfim, se ela quer um desafio, então ela o terá. Resta saber se a ruivinha é forte o suficiente para me agüentar. De qualquer forma, que a diversão comece!

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