ELEMENTARES
ààCapítulo 3
^^
àPov. Hayley
Às vezes eu acho que deveria
dominar a terra, ao invés do fogo, afinal me identifico tanto com a natureza.
Sei lá, o contato com a terra faz com que eu me sinta tão leve, tão pura...o
cheiro doce das flores me encanta... e a coloração das nuvens quando o sol bate
nelas?! Magnífica! *-*
Somente uma sensação como esta
para me deixar tão próxima da terra após toda essa confusão com o Ethan. Mesmo
estando abalada farei o certo e seguirei em frente. Bem, se não foi, é porque não
era pra ser! Sim foi bem clichê o que acabei de dizer, mas fazer o que? É o que
eu sinto! ^^’
Na verdade, penso que todos nós
temos um pouco de afinidade com os elementos, mesmo que seja inconsciente. Mas,
é claro, tem sempre um que nos atrai mais, como pra mim é o fogo.
Só que, de uns tempos para cá, eu
tenho me sentido mais próxima da terra, como se ela estivesse tentando
transpassar algo pra mim, como uma informação codificada.(viaja aqui! ^^’) Será
que todo mundo tem isso, um momento de mais aproximação com outro elemento?
Deve ser interessante! Sabe...sempre tive vontade de voar livremente, sem fazer
uso de rituais enjoados. Ter afinidade com o ar viria a calhar.
Era bem cedo e eu estava no pátio
da escola, mais especificamente sentada na mureta da varanda, observando o
nascer do sol. As nuvens lá no alto assumiam um tom alaranjado enquanto o sol,
com toda a sua pose imponente, aparecia. As montanhas a minha volta começavam a
ser banhadas pelos luminosos raios solares, fazendo com que sua vegetação se
destacasse mais, brilhando com os restos do orvalho da noite anterior.
A mãe natureza é incrível! Quem
mais conseguiria unir tanta beleza em uma simples paisagem? Não sei. Mas uma
coisa posso lhe afirmar, não importa onde, na Terra ou aqui, a natureza impressiona
a todos!
-Terra chamando Hayley O’Neil! –
Exclamou alguém atrás de mim. Era uma voz masculina, percebi, mas não consegui
identificar de imediato a quem pertencia. Quem estava ali e como não notei sua
presença?
-Am... – Virei-me curiosa para
descobrir quem era – Ah! Oi Allsin! Não percebi você chegando.
-Esse era meu objetivo, chegar de
mansinho. Vai que eu conseguisse ver algo interessante! S2 – Ele falou,
enquanto se sentava ao meu lado na mureta e olhava para o sol. – Sabe, é uma
ótima sensação observar o nascer do sol. A natureza é muito bela! – Parece que
ele leu minha mente, tirando que esse poder é meu. Se bem que em matéria de
Allsin não se sabe muito bem ao certo qual é o seu poder.
-Eu estava pensando nisso pouco
antes de você chegar. – Falei, enquanto ele tentava pegar minha mão, que eu
puxei de imediato. Esse garoto não se cansa? – Ih, nem vem Allsin! Quantas
vezes tenho que te falar não?
-Quanto mais você me nega mais eu
gamo! – Ele respondeu fazendo biquinho.
-Já te falaram que você fica
muito fofo com essa cara?! – Perguntei fazendo graça com o Allsin e fazendo um
biquinho também.
-Sabe...pior que não! – Ele
exclamou aproximando-se de mim na mureta – Hayley, - continuou, agora sério e
olhando em meus tristes olhos azuis – posso saber por que você fugiu de todos
aqueles que tentaram te ajudar quando você mais precisava? – Ele perguntou,
segurando minhas mãos com força e envolvendo minha cintura com suas pernas para
que eu não tivesse como fugir.
-Allsin como você sabia que eu
precisava de ajuda?!- Perguntei, chocada em perceber que ele sabia de tanta
coisa. Foi quando ele estava prestes a responder que me lembrei que ele era uma
das pessoas que me ajudou, digo, tentou ajudar quando apareci chorando
desesperada no dormitório. Acho... eram tantas pessoas que nem sei mais direito
quem estava lá. – Você estava lá no dormitório quando apareci chorando. –
Afirmei, respondendo a minha pergunta e impedindo-o de falar. Acho que ele
apareceu depois que a Val expulsou os meninos... isso aí! Lembrei!!
-Que bom que você se lembrou,
Hay. Achei que não tivesse me notado... D:
-Você?! Difícil não te notar.
Chama muita atenção, sabe... muito espalhafatoso.
-Como se a senhorita também não
fosse! – Ele disse – Ainda mais com esses cabelos cor de fogo. – Continuou,
agora mexendo em meus cabelos.
-Ah, e você com... esquece! Você
é muito estranho Allsin! – exclamei – Às vezes chama atenção demais, em outros
momentos sua presença passa despercebida por todos. Um incógnito, isso que você
é, mas é um mistério que pretendo desvendar.
-Se eu fosse você não me daria ao
trabalho... – Ele falou como quem não quer nada. – Talvez você se assuste com
meus mais obscuros segredos! – Um brilho ameaçador passou rapidamente por seus
olhos e sua boca elevava-se formando um sorriso de deboche.
-Isso é um desafio?! – perguntei
– Não tem problema o que posso descobrir, já estou acostumada com segredos
sórdidos. O passado não me surpreende mais! – Disse confiante, encarando seus
olhos verde-água para dar ênfase à minha frase, aumentar o poder e segurança
que tentava transpassar.
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